
A chuva cai e ataca o fogo, que por sua vez de tão machucado cai em brasas até as cinzas.
O vento se emploga e sopra para longe a energia daquilo que seria uma nova chama.
A terra acha engraçado e seca deixando o pobre fogo sem alimento.
E uma chama está muito longe da outra para conseguir se fortalecer.
Cansado de sofrer, resolve manter-se apagado e vaga por aí de pó em pó.
Controlado por todos aqueles que o destroem, não consegue crescer.
Sobrevive com pequenas faíscas, restos de pão, carne de quinta.
Em partículas cada vez menores e com voz debilitada
Tanto se lamentou, tanto uivou e muitas vezes quase se entregou.
Um dia a Lua conseguiu sentir seu pranto e o pouco de calor que lhe restava.
Chegou então mais perto para entender o sofrimento dessa alma que não mais se conhecia.
Apaixonou-se e ficou sem entender como conseguiu viver até agora sem o fogo.
Com seus raios, controlou vento, mar e terra que criaram a maior e mais bela chama.
E o fogo agora amando, cumpre a promessa de amor eterno com a lua.
Foto - Rafael Braescher
Produção - Wal Vieira e Renata Curry
Modelo - Gabriela Cury
Tratamento de imagem - Rafael Braescher
Poema - Rafael Braescher
Ola Rafa ,
ResponderExcluiradorei o poema
tem um selo para vc no meu blog
bjssssssssssss