quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Minha, sua, nossa...

Implore ao celular por mais 5 minutos, lute contra 60, 70, 80 quilos ou mais.
Molhe a carcaça sem lavar a alma, junte suas coisas e não se esqueça de trancar o portão.
Se locomova, fique preso no trânsito e se atraze alguns minutos.
Deixe a cafeína consumir seus nervos e todas as flores guardadas na pele.

Chegue ao seu destino e deixe que ela te leve, perceba sua eterna presença.
Reclame muito dela e use-a como desculpa para tudo de errado que acontecer.
Sinta inveja de todos aqueles que tem o dobro daquilo que você está sangrando para ter.

Fique olhando para o relógio e fique extremamente feliz com o fim do expediente.
Fique embriagado para esquecer, mesmo sabendo que só vai conseguir falar nisso.
Mude tudo para depois começar a reclamar que não mudou nada.

Sinta saudades daquilo que você tanto desejou largar, desabafe com um amigo.
Chore e se arrependa dos seus erros, mesmo que você os deva a vida pelo aprendizado.
Se jogue e perca a consciência, mas ciênte de que amanhã tudo será igual, triste e feliz...



Fotos por Rafael Braescher e Mariana Fabio
Texto por Rafael Braescher

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