quarta-feira, 29 de abril de 2009

Manipulação de imagem.


Estamos no século XXI, muitas coisas evoluiram, outras nem tanto. Conceitos mudaram, palavras foram inventadas, a vanguarda ficou velha, o desconhecido ficou chato e tudo se atualiza cada vez mais rápido. 
Surgiram muitas coisas enquanto outras morriam e a arte atingiu proporções enormes.
Talvez você nem considere o que eu vou citar nesse post como arte pelo simples fato de estar presente de forma abundante no meio comercial. Talvez você questione que isso não é foto, que você não gosta pois não lhe mostra a realidade.
Justamente por isso vamos fazer uma pequena analize sobre o assunto do título.


Toda fotografia deixa de ser foto a partir do momento em que é manipulada? Não, ela se torna uma fotografia manipulada.

O que é uma foto tratada? É uma fotografia manipulada.

O que é uma foto antiga restaurada? É uma fotografia manupulada.

O que é uma foto digital colorida passada para P&B? É uma fotografia manupulada.

E se eu fotografar direto em P&B na minha camera digital? Sua câmera tem um processador que irá captar a imagem colorida transformando em p&b, ou seja, É uma fotografia manupulada.

Tendo isso como base, podemos dizer que a grande maioria das fotografias digitais são manipuladas, por mais natural que seja. Muitos pensam que isso surgiu com a fotografia digital e o computador, mas como vamos explicar as montagens feitas antes disso? As pessoas ficavam horas dentro de laboratórios fotográficos escuros cercadas de produtos químicos e ampliadores não somente para revelar um filme e fazer uma ampliação em positivo, mas para fazer correções de erros de fotometria, para tirar ou colocar elementos nas fotografias, etc.

Uma fotografia manipulada não deixa de ser uma fotografia e se você ainda tem algo contra,  questione o trabalho de artistas como Daniel Xavier.

Só para esclarecer, nesse caso estamos assumindo a fotografia "Não Natural", bem diferente da proposta oferecida por Clicio Barroso em seu ótimo trabalho sem photoshop.






Esquecemos - We forgot.

Hora de falar um pouco de trabalho pessoal. Essa imagem foi a "faixa título" de um trabalho de conclusão de curso de um curso de fotografia que eu fiz na O.N.G ImageMagica no primeiro semestre do ano de 2008.

Como título a palavra “ Esquecemos ” e como tema o abandono, procurei retratar o ato de abandonar e fazer de cada foto uma ação. Claro que eu não tinha maturidade e experiência suficientes para conseguir desenvolver um tema tão abrangente, mas mesmo com esses dois agravantes eu consegui um bom resultado no meu T.C.C. 

Um dos jurados gostou tanto da imagem que pediu uma impressão em tamanho 20x30cm da imagem acima e fez dela um quadro que está hoje pendurado em uma das paredes de onde reside. 

Bons tempos de curso... de curso.

Veja o vídeo aqui:





sábado, 25 de abril de 2009

Fotoxopar ou não fotoxopar ? Eis a questão.



No dia 24 de abril de 2009 o fotógrafo, professor, consultor da Adobe, consultor do Senac SP e presidente da associação de fotógrafos Fototech, Clicio Barroso, postou algo muito interessante em seu blog, uma foto que ele fez da modelo Ellen que passou longe do famoso Photoshop.

Realmente é um assunto polêmico, ainda mais se tratando de uma pessoa tão mergulhada na fotografia digital como o Clicio. Por outro lado isso faz sua idéia ter mais valor, seu olhar ficou muito mais atento na produção, na maquiagem, na expressão e tudo o que faz parte da realidade para poder assim registrar a beleza que podemos ver na rua e que todos nós podemos ter.

Com isso Clicio mostrou que manchas de pele, espinhas e olheiras não são fatores predominantes para deixar uma pessoa feia, pelo contrário, uma pessoa que se dispõe a ser fotografada como ela é e assume isso no produto final está tendo a atitude de quebrar conceitos, regras e padrões que ditam uma falsa beleza e isso sim é lindo.

Quem sabe essa moda pega? Quem sabe as agências de moda comecem a mostrar seus modelos como eles realmente são? Quem sabe um dia nós poderemos ver propagandas, publicidade, marketing e afins mostrando sonhos que viram produtos e não produtos que são sonhos?


foto desse post - Flavio Boht

Tratamento - Rafael Braescher

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Photoshop - Entendendo o DODGE and BURN.

Dodge e Burn é uma técnica usada desde a época da fotografia analógica, onde para fazer a ampliação a partir do negativo colocava-se uma máscara para fazer sombra na parte da foto em que a intenção era dar mais destaque e deixar exposto a luz o que era interessante deixar mais escuro,  dessa forma o papel fotografico tinha um tempo mais correto de exposição a luz até finalmente estar pronto para os processos químicos da revelação. E isso é feito até hoje.
A técnica Dodge e Burn acabou virando uma ferramenta do Photoshop, mas sua essência continua a mesma, o Photoshop funciona com o mesmo principio de um laboratório analógico e nessa postagem eu vou dar dicas de como aproveitar bem essa ferramenta.

Configurando o Dodge (Subexposição no photoshop em português) 

O Dodge é a ferramenta que vai dar destaque a um ponto específico da foto, funciona muito bem para dar ênfase ao primeiro plano, detalhes, parte branca dos olhos, cabelos claros, etc. Assim que você selecionar essa ferramenta, vão aparecer na parte de cima do Photoshop as opções de configuração e para um bom resultado configure da seguinte forma:

Intervalo sempre em Realces ou High lights se a sua versão de Photoshop for em inglês. Deixamos o intervalo em Realces porque a intenção é destacar as luzes altas, se deixarmos nas outras opções como meio tom ou sombras a sua foto vai perder muito contraste.

Exposição de 3 a 5 %, dessa forma você tem mais controle da ferramenta.

Agora com o botão direito do mouse deixe a Dureza ou Hardness em 0% para dar mais suavidade e não ficar marcado.

Configurando o Burn (Superexposição)

Essa ferramenta vai deixar mais escuro e dar mais profundidade a sua imagem, funciona bem em marcas de expressão, lábios, cabelos mais escuros, etc. Para configurar essa ferramenta faça o seguinte.

Intervalo sempre em Sombras ou Shadows, nesse caso a intenção é intensificar o preto.

Exposição também de 3 a 5 % para se obter mais controle.

Dureza ou Hardness em 0% para não marcar.


Depois de configurado é só usar cada ferramenta de acordo com a sua função e você terá bons resultados.

Por enquanto é só, até a próxima.

Essa imagem está disponível para download em vários tamanhos  

Clique aqui para baixar.


Foto e tratamento da foto acima por Rafael Braescher.


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Limpeza de pele no Photoshop.


Hoje eu vou colocar uma dica de como fazer uma boa limpeza de pele de forma simples e com um resultado bem natural.

A primeira coisa que temos que fazer é tirar as imperfeições maiores e para isso vamos usar a ferramenta Healing Brush Tool, ela tem o desenho de um Band-aid e é a segunda da lista.

Evite deixar essa ferramenta com um tamanho muito grande, isso pode criar manchas. Com o botão direito do mouse você configura essa ferramenta, deixe o Hardness e o Spacing sempre no zero. Para usa-la basta pressionar a tecla ALT e clicar em um ponto de pele que esteja mais limpo e logo em seguida soltar o ALT e clicar no ponto a ser limpo, funciona muito bem com espinhas e cabelos sobrando no rosto. Lembre-se de clicar sempre em um ponto próximo ao ponto que você vai limpar para não criar  manchas.

Depois que as espinhas e os cabelos no rosto foram removidos, vamos deixar agora a pela com aspecto de boneca.

Pressione as teclas CTRL + SHIFT + N para criar uma camada vazia em cima da camada em que está a imagem , é em cima dessa camada que vamos trabalhar.
Agora selecione a ferramenta Art History Brush Tool, ela está do lado do carimbo e é a segunda opção.
Agora com o botão direito do mouse, deixe o Hardness no zero. Olhando para cima do Photoshop temos as configurações dessa ferramenta, nesse caso deve ser a seguinte:

Mode - Normal

Opacity - 2%

Style - Tight Short

Area - 2 px

Tolerance - 2%

Essa ferramenta também não pode ficar grande, ela funciona melhor de estiver em um tamanho pequeno. Feito isso, agora é só começar a passar a ferramenta na pele a ser tratada.

Terminado, precisamos agora tirar o que possivelmente foi passado fora da pele, só que fica difícil de ver exatamente o que passou da pele, para isso vamos fazer o seguinte:

Selecione as teclas CTRL + i para inverter as cores dessa camadade limpeza, agora você vai trabalhar com a ferramenta Eraser Tool com o Hardness no zero, opacidade em 100% e um tamanho não muito grande.
Passe essa ferramenta onde não tiver pele, cabelos, olhos, boca, roupas ou aonde você perceber que a ferramenta Art History Brush passou da pele.

Feito isso, selecione CTRL + i novamente para voltar a cor da camada ao que era e pronto, você tem uma pele limpa e com aparencia bem natural, se você achar que ficou exagerado é só diminuir a opacidade da camada até fiar bom.

Selecione CTRL + E para juntar as camadas.


Existem varias maneiras de fazer limpeza de pele , mas essa foi a que eu achei mais natural, também é muito usada profissionalmente.

Por enquanto é isso, até a próxima.




Modelo da foto: Karina Silva - Agencia Uno

Foto - Priscila D'Orazio

Tratamento - Rafael Braescher

terça-feira, 21 de abril de 2009

Adobe Photoshop Lightroom


Não há como pensar em um bom e completo fluxo de imagens que vai da edição até o backup sem pensar nessa excelente ferramenta que é o Lightroom.

O Lightroom é um programa que funciona de acordo com o que você precisa, no meu caso com um só comando eu passo as minhas imagens para o computador em um local de minha escolha, adiciono as imagens para um catálogo do Lightroom que eu mesmo criei, transformo os diferentes arquivos em Raw de qualquer câmera em um arquivo único sem perder qualidade (DNG), nomeio as imagens em uma sequência lógica que eu mesmo criei, adiciono metadados e keywords nas imagens e faço um backup em um HD externo. Lembrando que tudo isso com apenas um comando.
A grande diferença entre o Lightroom e o Photoshop é que no lightroom você não está mexendo diretamente na imagem, mas sim no preview dela, ou seja, você não altera suas propriedades evitando danificá-las.

Segue um resumo do Lightroom.

Library:

Onde é possível vizualizar todas as imagens de uma vez, ótimo para fazer edição, podemos classificar as imagens de uma até cinco estrelas para diferenciar imagens boas de ruins, temos também outras opções de filtro como separação por cores e bandeiras.
No Library podemos também inserir informações na imagem, como o seu nome, contato, etc. Essas informações se chamam metadados.
Outra opção muito útil no Library é o campo de Keywords, onde podemos colocar Tags nas imagens, são palavras-chave que facilitam a busca por suas imagens na web. 

Develop:

Ótimo para tratamento de imagens, extremamente fiél a fotografia e com muitas opções de ajuste de imagem. Muitas imagens de bastam no Develop, não sendo necessario transferir a imagem para o Photoshop para finalizar.

Slideshow:

Nele é possivel montar uma apresentação das imagens que você escolher com muita facilidade, é possível colocar assinatura nas imagens, personalizar  o layout, colocar trilha sonora e até mesmo exportar sua apresentação em PDF.

Print:

Excelente para impressão de imagens, possui diversas opções como impressão de contatos, imagens com as informações que você escolher (matedados), e várias opções de tamanho.

Web:

Deixa suas imagens prontas para serem inseridas no seu site, você define qual será o layout da sua página e ele exporta no formato adequado para inserir no seu site da web.
Também é possível configurar para inserir automaticamente suas imagens em outros sites, como Flickr, Orkut, seu blog, etc.

Esse foi literalmente um resumão do Lightroom, ele é dotado de muitas outras ferramentas  que facilitam muito sua vida, vale muito a pena.


Raw - Arquivo gerado pela câmera com qualidade máxima de imagem, bem superior aos outros formatos como JPEG, TIFF, etc. 

DNG - Considerado como negativo digital,  é um arquivo em raw unificado, cada fabricante de câmeras tem uma extenção de raw diferente, por exemplo: Canon = CR2 e Nikon = Nef. Convertendo esses formatos de RAW para DNG, mantemos a qualidade das imagens e evitamos possíveis conflitos.

Metadados - Informações adicionais que ajudam a proteger sua imagem na web, atravéz dos metadados é possível saber quem tirou a foto, qual foi a câmera usada, a data, hora, local, etc.
isso evita o roubo das suas imagens e facilita a comunicação com você no caso de alguém se interessar por sua imagem.

Keywords e Tags - Palavras-chave. facilita a localização da sua imagem na web de acordo com o que você quer. Por exemplo, se você fotografar uma árvore e colocar na imagem as tags Árvore, Planta e Natureza, qualquer pessoa pode encontrar sua imagem digitando essas palavras em sites de busca, isso é o que dita como você quer que a sua imagem seja vista.


Por enquanto é só, espero que tenham gostado, até a próxima.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Deu zebra...

As zebras são mamíferos, membros da mesma família dos cavalos, os equídeos, nativos da África central e do sul. A pelagem deste animal consiste num conjunto de listras contrastantes de cor, alternadamente, marrom-escura e branca, dispostas na vertical, exceptuando nas patas, onde se encontram na horizontal.

As zebras não atacam sem qualquer motivo, apenas quando é necessário defender-se. São, muitas vezes, as presas preferidas dos leões.

É nas savanas africanas onde as zebras habitam. Encontram-se distribuídas por famílias: macho, fêmeas e filhotes. Estes animais, por serem atacados habitualmente por leões, podem se tornar animais extremamente velozes, pois para fugirem dos predadores, utilizam a fuga e seus fortes coices, podendo quebrar até a mandibula de um felino. As listras das zebras vão escurecendo com a idade, e estes animais, embora se pareçam, não são todos iguais.

Apesar de parecerem todas iguais, as espécies de zebra existentes não são estreitamente relacionadas umas com as outras. As zebras-de-grevy têm origem de animais diferentes (de outro subgênero) daqueles que originaram as zebras-das-planícies e as zebras-das-montanhas.

Não se encontram à beira da extinção, embora a zebra-das-montanhas esteja ameaçada. A subespécie de zebra-das-planícies conhecida como cuaga (do inglês quagga, que designa o som que o animal produzia cuahaa), Equus quagga quagga, estava extinta, mas projetos de cruzamento entre zebras com coloração semelhante já recuperaram a espécie antes extinta, e o projeto liberou com sucesso vários exemplares na natureza.


Modelo - Fabio Gava

Fonte: Wikipédia.

My sweet violator's dream.

Olhando a própria imagem temos milhões de pensamentos, se todos eles fossem reais a vida não teria a menor graça...

Agradecimentos especiais à Mariana Fabio, designer, fotógrafa e dona do meu coração, por servir de modelo para a realização do trabalho ao lado.

Mais imagens no meu Flickr.

domingo, 19 de abril de 2009

Um pouco sobre mim.

Aproveito essa primeira postagem para me apresentar:

Apaixonado por fotografia, trabalho atualmente com tratamento de imagens em uma agência de moda e como Free Lancer faço fotografia de eventos, tratamento e restauração de imagens .

Basicamente o que eu vou postar nesse blog são os meus trabalhos e algumas notícias da área.

Segue alguns de meus endereços:

Flickr     Carbonmade    Twitter    Orkut

Obs: A imagem a cima pode ser encontrada na minha galeria do Flickr e está disponível para download.

Obrigado, espero que gostem do blog.

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